terça-feira, 24 de abril de 2012

Filosofia e Filosofia de vida

FILOSOFIA

A palavra filosofia é grega. É composta por duas outras: philo e sophia. Philo
deriva-se de philia, que significa amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais. Sophia quer dizer sabedoria e dela vem a palavra sophos, sábio.
Filosofia significa, portanto, amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber.
Filósofo: o que ama a sabedoria, tem amizade pelo saber, deseja saber.
Assim, filosofia indica um estado de espírito, o da pessoa que ama, isto é, deseja o conhecimento, o estima, o procura e o respeita.


FILOSOFIA DE VIDA 

A Filosofia trabalha com enunciados precisos e rigorosos, busca encadeamentos lógicos entre os enunciados, opera com conceitos ou ideias obtidos por procedimentos de demonstração e prova, exige a fundamentação racional do que é enunciado e pensado. Somente assim a reflexão filosófica pode fazer com que nossa experiência cotidiana, nossas crenças e opiniões alcancem uma visão crítica de si mesmas. Não se trata de dizer “eu acho que ”, mas de poder afirmar “eu penso que”.
O conhecimento filosófico é um trabalho intelectual. É sistemático porque não se contenta em obter respostas para as questões colocadas, mas exige que as próprias questões sejam válidas e, em segundo lugar, que as respostas sejam verdadeiras, estejam relacionadas entre si, esclareçam umas às outras, formem conjuntos coerentes de ideias e significações, sejam provadas e demonstradas racionalmente.
Quando o senso comum diz “esta é minha filosofia” ou “isso é a filosofia de fulana ou de fulano”, engana-se e não se engana.
Engana-se porque imagina que para “ter uma filosofia” basta alguém possuir um conjunto de ideias mais ou menos coerentes sobre todas as coisas e pessoas, bem como ter um conjunto de princípios mais ou menos coerentes para julgar as coisas e as pessoas. “Minha filosofia” ou a “filosofia de fulano” ficam no plano de um “eu acho” coerente.
Mas o senso comum não se engana ao usar essas expressões porque percebe, ainda que muito confusamente, que há uma característica nas ideias e nos princípios que nos leva a dizer que são uma filosofia: a coerência, as relações entre as ideias e entre os princípios. Ou seja, o senso comum pressente que a Filosofia opera sistematicamente, com coerência e lógica, que a Filosofia tem uma vocação para formar um todo daquilo que aparece de modo fragmentado em nossa experiência cotidiana.

* Fragmentos retirados de CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.

2 comentários:

  1. Definição bem filosófica a sua Alessandra, percebi que não basta ter uma visão crítica e usa-la como única, para ser filosofia de vida deve primeiro demonstrar como o eu se portaria sobre dada situações, exemplificando, como cada um reage a uma situação particular em que somente o próprio indivíduo pode experimentar, como resolver questõs pessoais de acordo com seus valores suas crenças e seu próprio pensamento.
    Creio que não basta ser ter uma visão fechada de como reagir mas sim como transpor isso no dia a dia sem se perder no caminho.

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  2. A filosofia como arte de pensar é de extrema importância para o ser humano, pois sem ela creio que muitas das modernidades não existiriam, pois ao questionar como algo é feito podemos identificar novas visões de como realizar a mesma atividade e sem o pensamento crítico, filosófico e questionador não teriamos essa possibilidade.

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