terça-feira, 24 de abril de 2012

Mito

O QUE É UM MITO?

Um mito é uma narrativa sobre a origem de alguma coisa (origem dos astros, da Terra, dos homens, das plantas, dos animais, do fogo, da água, dos ventos, do bem e do mal, da saúde e da doença, da morte, dos instrumentos de trabalho, das raças, das guerras, do poder, etc.).
A palavra mito vem do grego, mythos, e deriva de dois verbos: do verbo mytheyo (contar, narrar, falar alguma coisa para outros) e do verbo mytheo (conversar, contar, anunciar, nomear, designar). Para os gregos, mito é um discurso pronunciado ou proferido para ouvintes que recebem como verdadeira a narrativa, porque confiam naquele que narra; é uma narrativa feita em público, baseada, portanto, na autoridade e confiabilidade da pessoa do narrador. E essa autoridade vem do fato de que ele ou testemunhou diretamente o que está narrando ou recebeu a narrativa de quem testemunhou os acontecimentos narrados.


QUEM NARRA O MITO?

O poeta-rapsodo. Acredita-se que o poeta é um escolhido dos deuses, que lhe mostram os acontecimentos passados e permitem que ele veja a origem de todos os seres e de todas as coisas para que possa transmiti-la aos ouvintes. Sua palavra - o mito - é sagrada porque vem de uma revelação divina. O mito é, pois, incontestável e inquestionável.


NARRATIVA MÍTICA
 CUPIDO

Observando que as pessoas apaixonadas estão sempre cheias de ansiedade e de plenitude, inventam mil expedientes para estar com a pessoa amada ou para seduzi-la e também serem amadas, o mito narra a origem do amor, isto é, o nascimento do deus Eros (que conhecemos mais com o nome de Cupido):
Houve uma grande festa entre os deuses. Todos foram convidados, menos a deusa Penúria, sempre miserável e faminta. Quando a festa acabou, Penúria veio, comeu os restos e dormiu com o deus Poros (o astuto engenhoso). Dessa relação sexual, nasceu Eros (ou Cupido), que, como sua mãe, está sempre faminto, sedento e miserável, mas, como seu pai, tem mil astúcias para se satisfazer e se fazer amado. Por isso, quando Eros fere alguém com sua flecha, esse alguém se apaixona e logo se sente faminto e sedento de amor, inventa astúcias para ser amado e satisfeito, ficando ora maltrapilho e semimorto, ora rico e cheio de vida.

* Fragmentos retirados de CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.

4 comentários:

  1. Achei interessante quando você fala sobre o significado do mito. Desde os tempos passados que o mito existem na vida das pessoas e permanecem até hoje.Marta.

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  2. Bem formulado seu mito Alessandra, ao ler me senti movido da necessidade de conhecer a história de tal famoso ser divino que visita tantos corações pelo mundo a fora, sem fazer referência a própria pessoa que esta apaixonada, e acabei me deparando com a história de amor do próprio cupido se me permitir vou acrescentar ao seu mito.

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  3. Um certo dia, Vénus estava admirando a Terra quando avistou uma bela rapariga chamada Psique. Vénus como era uma deusa muito vaidosa e não gostava de perder em matéria de aparência, chamou Mercúrio e disse-lhe para enviar uma carta a Psique.
    Quando Psique recebeu a carta ficou admirada por receber uma carta de uma deusa. Mas ficou muito decepcionada quando a leu. Na carta havia uma profecia clamada pela própria Vénus que dizia que Psique se ia casar com a mais horrenda criatura.
    Enquanto isso, no Monte Olimpo, Vénus chamou o seu filho Cupido e disse-lhe para ir até à casa de Psique e fazer com que ele se apaixonasse pelo homem mais feio do planeta.
    Cupido como gostava muito de sua mãe e não a queria contrariar, foi fazer o que ela mandou. Quando anoiteceu, Cupido foi até a casa de Psique, entrou pela janela e avistou um rosto perfeito com traços encantadores. Ele chegou bem perto dela para ter a certeza que não ia errar o alvo. Quando se preparava para atirar, esticou o seu arco e quando ia soltar a seta, Psique moveu o braço, e Cupido acertou ele mesmo. A partir daquele instante Cupido ficou perdidamente apaixonado pela jovem...
    Fonte: http://asetadocupido.blogspot.com.br/2008/04/o-mito-de-cupido-e-psique.html acessado em 25 abr 2012.

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