Platão em seus estudos conheceu e se aprofundou nas teorias de dois dos maiores filósofos pré-socráticos, Heráclito de Éfeso e Parmênides de Eléia. Antagônicas entre si, Platão reconheceu certo acerto na filosofia de ambos os filósofos e procurou resolver o problema criando sua própria teoria.
De Heráclito, Platão considerou correto as percepções do mundo
material e sensível, das imagens e opiniões. Para ele, a matéria era
algo imperfeito, em constante estado de mudança.
Concluiu, no entanto, que Parmênides também estava certo ao exigir
que a Filosofia se afastasse desse mundo sensível, para ocupar-se do
mundo verdadeiro, visível apenas ao puro pensamento.
Com um toque de seu mestre Sócrates, de quem Platão aproveita a noção de logos, está criada a teoria platônica e a distinção dos mundos sensíveis e inteligíveis.
Platão afirma haver dois mundos diferentes e separados:
1) o mundo
sensível, dos fenômenos e acessível aos sentidos; e
2) o mundo das
ideias gerais (inteligível), "das essências imutáveis, que o homem
atinge pela contemplação e pela depuração dos enganos dos sentidos".[2]
Platão, assim, tenta superar a oposição de Heráclito à mutabilidade
essencial do ser e a posição de Parmênides, para qual o ser é imóvel,
relacionando o mundo das idéias ao ser parmenídeo e o mundo dos
fenômenos ao devir heraclitiano.
Para explicar melhor sua teoria, Platão cria no livro VII da
República o mito da Caverna, segundo o qual imagina uma caverna onde
estão os homens acorrentados desde a infância, de tal forma que não
podem se voltar para a entrada e apenas enxergam uma parede ao fundo.
Ali são projetadas sombras das coisas que se passam às suas costas, onde
há uma fogueira. Platão afirma que se um dos homens conseguisse se
libertar e contemplar a luz do dia, os verdadeiros objetos, ao voltar à
caverna e contar as descobertas aos companheiros seria dado como louco.
No mito podemos associar os homens presos à população e o homem
liberto a um filósofo. Os homens presos conhecem apenas o mundo
sensível, já o liberto conheceu a verdadeira essência das coisas,
conheceu o mundo das ideias.
* Fragmentos retirados de http://www.webartigos.com/artigos/platao-e-a-distincao-entre-o-mundo-sensivel-e-o-mundo-das-ideias/6969/
O mundo material, assim, somente se torna compreensível através da hipótese das idéias, mas tal afirmativa deixa em voga um problema, já que a existência do mundo das idéias não basta a si mesmo. É necessário admitir um conhecimento das idéias incorpóreas que antecedem o conhecimento fornecido pelos sentidos, que por sua vez, somente alcançam o corpóreo.
ResponderExcluirFonte: http://www.webartigos.com/artigos/platao-e-a-distincao-entre-o-mundo-sensivel-e-o-mundo-das-ideias/6969/ acessado em 10 mai 2012
Muitas das formulações ficaram sem respostas, fato que permite até os dias atuais interpretações das mais variadas, no imaginário devemos ter tudo livre e no corpóreo (real) devemos procurar formas de nos libertar completamente.